quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dia Primeiro de Janeiro e um DIÁRIO DE BORDO a estrear. Sigam-nos!


Dia 1 de Janeiro
Hoje é dia primeiro e começamos um novo caminho: Um diário de bordo onde queremos partilhar o que acontece -  ao abrigo do projeto “ dos livros sem páginas à página dos livros “ financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian – com os nossos grupos de continuidade .

Desde o princípio sabíamos  que os Largos, aparentemente desertos, estão cheios de estórias  e que a única maneira de recuperar essas estórias é dar voz a quem  as viveu . Tivemos de procurar quem tinha memória nos largos das aldeias, agora desertos e isso conduziu-nos a Lares, Centros de Dia, Centros Comunitários, às vezes  casas, escolas.

Desde o principio que dissemos que este projeto girava em torno das PALAVRAS  , não para formar leitores , mas para proporcionar experiências leitoras . No caminho percebemos que a este papel se devem  juntar outros  : o combate sem trégua ao isolamento social e cultural, às iliteracias, o reforço do tecido social das comunidades e a identidade de um território.
São mais de trinta o número dos idosos que participam nas sessões da Salvada. Na semana passada em  Cabeça Gorda  e  Santa Vitória, mais de 24 , quase todas mulheres. Em Albernoa  uns 10, talvez seja o grupo com menos autonomia.

São mais de trezentas as crianças e famílias tocadas por este pequeno projeto: Salvada, Cabeça Gorda, Beringel, Bairro da Esperança, Baleizão, São Matias, são algumas das freguesias onde já se está a trabalhar a todo o vapor , contando com a colaboração das juntas, dos docentes – pequenos grupos, ação discreta , em continuidade.
Passo a passo, vamos desenhando o caminho, carregando muitas dúvidas na forma de o fazer, tendo cada vez mais a certeza que o trabalho de uma biblioteca também passa por estar em todos estes lugares,  possibilitando momentos de evasão e de expressão das memórias do vivido e do sonhado.

Recordamos cada uma das sessões e descobrimos que já passou um ano de projeto, que temos poucos registos , que só agora começamos a conseguir sistematizar e avaliar o que vai acontecendo. Neste campo, como em muitos outros campos do trabalho de uma biblioteca, tudo demora muito tempo.
Temos também a certeza que  é hora de o começarmos a partilhar no Diário de Bordo!
Vamos a isto!

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